segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Luna, a menina que queria ser fada

Era uma vez uma menina de 5 anos que tinha um grande sonho: ser uma fada. Desejava ter asas para voar, conhecer e viver no mundo mágicos das fadas e ter uma varinha de condão.
Muitas eram as vezes que Luna nõ dava muita atenção ao seu irmãozinho mais novo ou prestava atenção aos seus pais ou sentia prazer em brincar com seus brinquedos, brincar com seus amigos... sua cabeça estava sempre imaginando mil coisas que poderia fazer se fosse uma fada.
Em seu aniversário de 6 anos, Luna antes de assoprar as velinhas fez um pedido forte e alto de se tornar uma fada. Todos acharam muito engraçado aquele pedido.
Quando chegou a noite e ela adormeceu, não viu que havia uma estrela muito brilhante e grande bem em frente a sua janela. De repente aquela estrela começou a se aproximar, se aproximar, se aproximar e entrou em seu quarto, se transfomando em uma linda fada. A fada se aproximou da cama de Luna, deu um beijo em sua testa e sorridentemente apontou sua varinha e soltou uma mágica - Plin!!! Luna ficou com asas de fada e acordou com tudo aquilo. Se encantou com aquela linda fada, que lhe falou:
- Luna, bem vinda ao mundo das fadas. A partir de hoje você é uma de nós.
- Uma de nós? Então existem outras? - falou encantada Luna.
- Sim, a partir de hoje você não mais pertence a este mundo, mas viverá conosco lá em Cristalmontte.
Luna abriu um sorrisão e já estava voando na direção da janela quando resolveu olhar para trás para ver o irmãozinho que dormir. Teve uma dúvida:
- Eu posso voltar para ver meus pais e meu irmãozinho quando quiser?
Ao que a fada respondeu:
- Não, Luna. Você fez uma escolha. Não pode pertencer a dois mundos diferentes. Você deixará para trás essa sua vida para viver outra.
Luna ficou um pouco receosa, mas resolveu seguir a realização de seu grande sonho.
Cristalmontte era um planeta próximo da Terra, mas era invisível, existia em uma dimensão paralela. Tudo era lindo, as cores eram muito fortes, o cheiro era agradabilíssimo... Conheceu as outras milhares de fadas, cada uma mais bonita e simpática do que a outra. Moravam em grandes árvores centenares, cada qual em sua casinha confortável e bonita.
Luna estava ótima e meses já haviam se passado. A saudade começou a apertar mais e mais até que chegou um dia que ela rsolveu conversar com a rainha das fadas.
- Minha querida, não há caminho de volta. Não está feliz em estar aqui conosco?
- Estou feliz em estar aqui sim, mas no meu peito há um buraco deixado pela saudade da minha mãezinha, meu pai e meu irmão. Na verdade, sinto falta de tudo. Tudo que não valorizei enquanto morava lá na Terra.
A fada sorriu  e a olhou com muito carinho e compreensão e respondeu:
- Não há caminho de volta, todavia você um dia vai se acostumar.
Luna ficou muito triste porque realmente queria muito estar com as pessoas que ela tanto amava. Sentou-se ao lado do rio, na grama verde e macia e uma angústia tomou conta dela, que começou a chorar.
De repente, levou um susto e quando percebeu estava em sua cama e aí percebeu que estivera dormindo. Tudo não passou de um sonho, quase quase um pesadelo. Já era de manhã e Luna não pensou duas vezes: foi para o quarto dos pais se jogou na cama entre eles e deu muitos beijinhos. Mais tarde quando seu irmao acordou, ela o abraçou muito. A partir daquele dia não ia mais desperdiçar tempo algum se isolando em seus pensamentos e sonhos, ia reservar a maior parte do tempo para as coisas que a rodeavam: seus pais, irmão, familiares, amigos, seus brinquedos, sua escola, seja lá o que pertencesse à sua realidade exterior.
E acabou com seus desejos e sonhos? Não... apenas não os deixou ficarem mais importantes do que o mundo  ao seu redor.

domingo, 21 de agosto de 2011

História para se dormir rapidinho

Quantas vezes colocamos nosso filho para dormir, ele pede uma história, mas estamos tão cansados e com sono que fica difícil criar algo interessante e que faça com que a criança durma antes da gente.
Criei uma historinha que já experimentei algumas dezenas de vezes, apenas modificando personagens e cenários e dá super certo! Minha filha com 3 anos não resiste e dorme bem rapidinho... Tem que contar a história em um tom de voz bem baixo, suave e devagar. Façam bom proveito:
Era uma vez um pássaro pequeno, vermelho, muito bonito. Ele estava cansado de morar naquele lado da floresta, de ver as mesmas árvores, de cantar com os mesmos passarinhos, de beber água no mesmo rio, de dormir no mesmo ninho, de fugir dos mesmos predadores, enfim, queria conhecer coisas novas. Decidiu viajar para longe e descobrir o que mais havia nesse planeta tão grande e azul.
Acordou bem cedido, junto com o sol, se despediu das estrelas e da lua, e começou a voar.
Voou alto, bem alto, muito alto, mais alto que as nuvens, bem pertinho do sol.
Continuou voando, voando, voando, voando por muito tempo.
Encontrou outros pássaros voando como ele, pássaros azuis, amarelos, verdes, laranjas, pretos, cinzas, rosas, roxos, marrons, pintadinhos, estampadinhos, todo tipo de pássaro.
Já se sentiu feliz por ver coisas diferentes.
Mas ele voava mais rápido e se afastou dos outros pássaros, ficou sozinho novamente e voou, voou, voou, voou para bem longe, mas decidiu voar mais baixo para poder ver melhor os lugares que ia passando.
Voou perto das árvores, das flores, das casas, das cachoeiras, dos rios, dos animais, de tudo.
Até que um grande predador o viu e começou a segui-lo, querendo come-lo. O pássaro vermelho se assustou e voou mais rápido, fugindo do gavião. Ele voava rápido e o gavião atrás, pronto para captura-lo, mas ele voava mais rápido e voava rápido, mais rápido, subindo e descendo, para o lado e para o outro, para cima e para baixo... o gavião voava também rápido, subia e descia, e voava rápido, rápido, alto e baixo.
Até que finalmente o gavião conseguiu pegar o passarinho vermelho e o fez através de suas garras, grandes, afiadas, terríveis. Levou o passarinho para o chão e se preparou para come-lo, abrindo um bico grande e quando ia comer de uma só vez aquele pequenino ser, eis que aconteceu algo inesperado:
- Jozito? - Perguntou o Gavião, surpreso ao ver o rosto de sua presa.
Jozito abriu os olhos e reconheceu um velho amigo de seu pai, o Sr. Bicoduro, deu um sorrido de alivio e o abraçou.
Jozito explicou para seu amigo o que estava fazendo por ali, disse que estava se aventurando a conhecer coisas novas, aprender mais sobre a natureza e tudo que o rodeava. Sr. Bicoduto gostou da idéia e perguntou se ele não queria ter um companheiro de viagem que, além de compartilhar da aventura ainda poderia defende-lo de outros predadores. Assim, os dois amigos alçaram grande voos para grande aventura da vida deles, voando alto, bem alto, muito alto, cada vez mais alto, entre as nuvens, mais baixo, entre as árvores, sempre voando, voando, voando, voando, voando e descobrindo maravilhas em cada pedacinho do nosso planeta e continuam voando, voando, voando, voando voando ...............................................................

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A menina desobediente

Era uma vez uma menina muito sapeca e alegre chamada Nina. Os pais dela sempre estavam chamando a atenção dela por conta das suas teimosias, mas ela não aprendia.
Certo dia, ela estava andando de bicicleta e foi se aproximando da rua, onde passavam muitos carros, lembrou-se de que seu pai sempre alertava a ela de se afastar da rua movimentada e só andar de bicicleta dentro da pracinha. Mas Nina era desobediente e olhou aquela rua comprida e pensou:
- Eu vou andar só aqui na beirinha, longe dos carros e mamãe e papai nem estão olhando...
E assim ela começou a andar de bicicleta bem rápido, sentindo-se na maior aventura de sua vida. Foi quando ela perdeu o controle da bicicleta e caiu... caiu tão perto dos carros que quase foi atropelada por um ônibus.
Embora ela não tenha sido atropelada, se machucou bastante, quebrando uma perna, ralando o cotovelo e destroncou dois dedinhos.
Quando estava no hospital seus pais ficaram felizes por ela estar viva, mas lamentaram que tivesse acontecido esse acidente. Nina estava muito arrependida de não ter ouvido os pais.
Quando ela já estava bem e estava no recreio da escola, sua amiga Veronica a chamou para subir no muro e pegar umas maçãs lá no alto. Mas Nina lembrou que a professora havia dito para ninguém subir e não quis fazer a travessura, mas Veronica não quis obedecer e subiu e............ caiu!
Nina ficou feliz por ter sido obediente, após ter aprendido uma grande lição, mas ficou triste em ver a melhor amiga chorando.
Mas é assim... estamos sempre aprendendo e sendo mais felizes.